Título: Stolen - Raptada: Carta ao meu sequestrador
Autora: Lucy Christopher
Nota: 9/10
Sinopse: Gemma é uma adolescente normal esperando para pegar um voo no aeroporto de Bangkok com seus pais. Ao se afastar, conhece o charmoso e envolvente Ty, e nem imagina quais são suas reais intenções... Ele lhe oferece um café em que coloca algum tipo de droga. Confusa, ela é sequestrada e arrastada para o meio do deserto australiano. Ele a rouba para si, depois de anos a observando, e ainda espera que ela o ame. Os dias se passam e eles têm apenas um ao outro na imensidão vazia e escaldante do deserto, e Gemma começa a entender e conhecer Ty. É aí que os limites entre inimizade e compaixão vão ficando cada vez mais tênues...
Síndrome de Estolcomo: é um estado psicológico particular desenvolvido por algumas pessoas que são vítimas de sequestro. A síndrome se desenvolve a partir de tentativas da vítima de se identificar com seu raptor ou de conquistar a simpatia do sequestrador. (wikipédia)
Eu tinha esse livro há algum tempo, porém só recentemente decidi lê-lo e enfrentei dois dilemas em minha mente. Quando eu começo a ler um livro, eu costumo me por no lugar do personagem e tentar imaginar o que ele viveu naquela situação, me sentir no lugar dele, nos seus sentimentos e nas suas órbitas de pensamentos. Quando eu li Stolen, o único sentimento que eu senti foi a angústia, tanto da Gemma quanto do Ty.
Eles são muito poderosos, seus olhos, você sabe disso, e muito lindos também
O livro começa com a Gemma em um aeroporto em Bangkok, lá ela encontra um homem - atraente - dos olhos azuis que começa a conversar com ela. Até aí nada demais, o problema seria que esse homem a drogaria e a levaria para um local muito longe dali. Aí começa toda a saga.
Gemma foi um personagem que cresceu o livro todo e ela tem alguns conflitos com seus pais. Quando ela é sequestrada por Ty, ela sente falta de casa, dos pais e até dos amigos. Ela passa a dar valor a tudo que ela tinha, inclusive das brigas que ela tinha com os pais.
Houve alguns segundos de silêncio, talvez até um minuto ou dois. Então ouvi você chorar baixinho.
Porém o ponto alto e chave do livro foi, de fato, Ty. Sem dúvidas um grande vilão, mas que eu me afeiçoei a ele. Deixe-me explicar: existiram dois pontos que me fizeram criar afeições a Ty. Primeiro, ele não estuprou a Gemma. Ele nunca a violentou em momento algum do livro. Segundo, ele sempre tratou a Gemma com respeito e sempre mostrando algum tipo de afeto - embora estranho - com a menina. Porém, ele não deixa de ser uma pessoa doentia, muitas vezes desprezível, de um humor inconstante e de um passado difícil. É difícil classificar o Ty como vilão, porque assim como a personagem eu criei laços com o personagem Ty. É também por isso que foi tão difícil resenhar esse livro, por tantos sentimentos que eu criei.
Mas em geral, a angústia predomina a áurea do livro. Me sentia angustiada não só pela Gemma, mas também pelo Ty.
Você tinha me sequestrado e colocado minha vida em perigo... mas eu amava você. Ou pensava que amava. Nada fazia sentido.
Outro ponto que me chamou a atenção foi o modelo de como é escrito. De fato, é uma carta dirigida a Ty, o livro todo ela usa expressões como "você" e "sua" para se referir ao vilão. Então, ela expressa muitos sentimentos e pensamentos no livro. Dá para sentir as emoções que a personagem sentiu profundamente.
O único ponto que me desagradou foi o final. Achei o final muito apressado, muito rápido e um pouco "cortado pela metade", como se fosse existir um segundo livro (mas duvido que terá uma continuação). A forma que a Lucy escreve é maravilhosa, cheguei até a chorar nas partes finais do livro e em como ela descreveu algumas cenas do Ty e até da própria Gemma. Até eu, de certa forma, fui desenvolvendo a síndrome de Estolcomo como a protagonista - e nem notei até quando eu terminei de ler o livro e perceber que estava chorando.
As plantas que esperam pela chuva. Você disse que elas esperam durante anos, se for preciso; que elas quase se matam antes de brotar novamente
É um livro que eu recomendo, mas prepare para a montanha russa de sentimentos confusos que irá sentir.
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Mariana, 17 anos, Brasil. Nunca gostei de me descrever, sempre gostei de ler, escutar música e de ver filmes. Minha vida é meio chata, eu gosto de HQs e futebol. Eu gosto de Ficção Científica, ver seriados, cheiro de livros, sou apaixonada por fotografias. Aqui tem muitas coisas que eu gosto e opiniões pessoais.
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