Autora: Tahereh Mafi
Nota: 9,5/10
Skoob
Juliette não toca alguém a exatamente 264 dias. A última vez que ela o fez, que foi por acidente, foi presa por assassinato. Ninguém sabe por que o toque de Juliette é fatal. Enquanto ela não fere ninguém, ninguém realmente se importa. O mundo está ocupado demais se desmoronando para se importar com uma menina de 17 anos de idade. Doenças estão acabando com a população, a comida é difícil de encontrar, os pássaros não voam mais, e as nuvens são da cor errada. O Restabelecimento disse que seu caminho era a única maneira de consertar as coisas, então eles jogaram Juliette em uma célula. Agora muitas pessoas estão mortas, os sobreviventes estão sussurrando guerra – e o Restabelecimento mudou sua mente. Talvez Juliette é mais do que uma alma torturada de pelúcia em um corpo venenoso. Talvez ela seja exatamente o que precisamos agora. Juliette tem que fazer uma escolha: ser uma arma. Ou ser um guerreiro.
PODE CONTER SPOILERS!
Tahereh Mafi nos apresentou a uma obra, no mínimo, interessante. Antes de saber a verdadeira história do que a inspirou para criar a personagem principal, ela me lembrou muito a Marie, a Rogue dos X-men (A Vampira, que no filme foi interpretada pela Anna Paquin). E não foi que eu acertei meu chute?
"Estou aprisionada há 264 dias. Não tenho nada senão um caderno e uma caneta quebrada e os números na cabeça para me fazer companhia" (Juliette)
Na história somos apresentadas a mente confusa de Juliette, uma garota de 17 anos que está presa há 264 dias sem ver ninguém. Ela não pode tocar em ninguém, pois sua pele tem o poder de repelir qualquer contato que as pessoas tenham ao tocar a pele de Juliette. Também somos apresentados há um novo mundo, uma nova forma de viver mais caótica, mais conturbada, mais difícil, mais complicada e muito, muito controlada. Até que, em um dia, chega um novo companheiro de quarto para Juliette. No início ela não sabe muito sobre ele, porém ela lembra dele. Adam já tinha convivido metade de sua vida escolar com Juliette e agora era um soldado. Com o tempo, vamos descobrindo mais personagens interessantes como Kenji, soldado e amigo de Adam; James, o irmão mais novo de Adam e o mais interessante e intrigante de todos, nosso anti-herói até então: Warner.
"Não lute, amor. Você apenas tornará as coisas mais difíceis para si mesma." (Warner)
Warner é líder do Setor 45 com apenas 19 anos. Foi o mais detestado por minha pessoa no primeiro livro, ele é simplesmente doente! Sanguinário e psicopata. Ele acaba tendo como obsessão descobrir o paradeiro da Juliette e tentar convencê-la a ficar do seu lado.
Eu tinha esse livro faz mais de um ano e comecei a lê-lo dia desses e vejo o quanto me arrependo por isso. É um livro interessante e a melhor parte é a escrita da Mafi. Ela escreve meio rasurado, principalmente quando é um pensamento muito pessoal da Juliette e faz com que você veja ao mesmo tempo o que ela quer e o que ela não quer. Tem gente que não gosta, mas eu gostei porque me transmitiu ao mesmo sofrimento do personagem na hora, dentro de seus pensamentos e confusões. Foi uma das minhas melhores leituras e que me deixou totalmente absorta no mundo daqueles personagens com tantas reviravoltas e ao mesmo tempo tão agonizantes que a sensação fica melhor quando se consegue ler o livro.
Título: Destrua-me (Destroy me)
Autora: Tahereh Mafi
Nota: 10/10
Perfeito para os fãs de estilhaça-me que aguardam desesperadamente a liberação de Liberta-me, este original digital da série irá preencher a lacuna entre esses dois romances a partir da perspectiva do vilão que todos nós amamos odiar, Warner, o líder cruel do Setor 45. Em estilhaça-me de Tahereh Mafi, Juliette escapou o restabelecimento seduzindo Warner e, em seguida, colocando uma bala em seu ombro. Mas como ela vai aprender em Destrua-me, que Warner não é tão fácil de se livrar. . . De volta à base e se recuperando de seu ferimento quase fatal, a Warner fará de tudo em seu poder para manter seus soldados em cheque e suprimir qualquer menção de uma rebelião no setor. Ainda que obcecado com Juliette, como sempre, a sua primeira prioridade é encontrá-la, trazê-la de volta, e dispor de Adam e Kenji, os dois traidores que ajudaram a sua fuga. Mas quando o pai de Warner, O Comandante Supremo do restabelecimento, chega para corrigir os erros de seu filho, é claro que ele tem muito planos diferentes para Juliette. Planos esses que Warner simplesmente não pode permitir. Na sequencia de Estilhaça-me e antes de sua próxima sequencia, Liberta-me, Destrua-me é uma estoria contada a partir da perspectiva da Warner, o líder cruel do Setor 45.
Esse livro foi como a divisão de águas para mim. O que eu sentia pelo Warner no primeiro livro quase que desapareceu. O líder do setor 45 me pareceu humano, destruído e tudo isso por culpa do seu pai. Warner sempre teve que arcar com sua vida, seu sofrimento e isso tudo juntando com a vida de tirania que ele sofria de seu próprio pai ajudaram a construir a personalidade desse Warner, que deixamos de odiar para apenas começar a entendê-lo.
"Essa garota sabia exatamente como me destruir" (Warner)
Warner, assim como Juliette, nunca teve a oportunidade de ter uma vida "normal". Sempre foi criado para ser um líder cruel, sem remorso ou compaixão de alguém e cresceu vendo o pai cometer atrocidades com pessoas normais. Ele acaba enxergando em Juliette alguém que consiga entendê-lo, afinal uma mente tão confusa quanto a sua poderia ajudá-lo.
O ódio que eu tinha pelo Warner foi embora quando eu li esse livro, eu passei a ver Warner como uma pessoa humana, apaixonante e ao mesmo tempo quebrada e destruída. Não justifica tudo que ele fez, mas começamos a entender o que ele passava com seu pai, com sua vida e com tudo aquilo que ele já fez na vida. Ele é tão quebrado quanto a Juliette. Tão confuso quanto e é interessante ver como tão diferentes se tornam iguais nesse livro.
"A verdade é que eu não passo de um covarde" (Warner)
É um conto pequeno, particularmente, gostaria de ver mais livros com o Warner narrando. O modo como ele pensa na Juliette é de um homem apaixonado de verdade. O coração antes vimos tão duro, não é tão verdade assim.
Título: Liberta-me (Unravel me)
Autora: Tahereh Mafi
Nota: 10/10
Liberta-me é o segundo livro da trilogia de Tahereh Mafi. Se no primeiro, Estilhaça-me, importava garantir a sobrevivência e fugir das atrocidades do Restabelecimento, em Liberta-me é possível sentir toda a sensibilidade e tristeza que emanam do coração da heroína, Juliette. Abandonada à própria sorte, impossibilitada de tocar qualquer ser humano, Juliette vai procurar entender os movimentos de seu coração, a maneira como seus sentimentos se confundem e até onde ela pode realmente ir para ter o controle de sua própria vida. Uma metáfora para a vida de jovens de todas as idades que também enfrentam uma espécie de distopia moderna, em que dúvidas e medos caminham lado a lado com a esperança, o desejo e o amor. A bela escrita de Tahereh Mafi está de volta ainda mais vigorosa e extasiante.
A primeira reação em que eu li algumas cenas foi exatamente WTF!? É um livro que te prende do início ao fim! É uma descoberta em cada página, uma reação em cada folha e cada vez mais você se prende a trilogia da Mafi. É surpreendente em como ela coloca a Juliette, Adam, Warner, Kenji e James em situações em que você detestaria passar.
"Vejo-o sorrir. É o tipo de sorriso que transforma em um pessoa completamente diferente. [...]. Ele parece suave e vulnerável... Tão humano. [...]. Ele tem covinhas. Ele é, sem dúvida, a coisa mais bonita que já vi" (Juliette)
Também somos apresentados a personagens novos e não tão novos, mas que no decorrer da história se mostram bem interessantes. Nesse livro trata-se muito sobre o Planeta no Restabelecimento e sobre o Ponto Ômega e temos um personagem chave: Castle! Ele é, tipo, o Charles Xavier Mafi version (hahaha!), mas ele acaba se tornando um dos centrais.
Temos, também, muita discussão sobre o futuro de Adam e Juliette. Sendo bem sincera, o Adam não ganha muito destaque em um mesmo livro que existe o Warner. As cenas em que o Adam aparece tem sempre uma discussão sobre "o que será de nós?" com a Juliette, o que torna sempre em uma "discutindo o relacionamento" em algumas cenas. Quem rouba a cena mesmo é o Warner!
"Quero sentir sua pele pegar fogo. Quero sentir seu coração acelerado junto ao meu e quero saber que está acelerado por minha causa, porque você me quer." (Warner)
"Estou tão... Estou tão desesperadamente apaixonado por você..." (Warner)
Falar em Warner, descobrimos o primeiro nome do misterioso líder do Setor 45. Warner está tão diferente... tão menos cruel. Ele é e sempre será o Warner, não vamos esperar que depois de tantos anos vendo mortes, torturas e assassinatos ele vai se tornar um amor e bondade de pessoa, não assim. Porém, ele se torna menos odioso, mais humano e até mesmo mais frágil. Ele tem covinhas.
"Vamos sair dessa situação, de toda ela, vamos ficar bem" (Adam)
"Era apenas um menino sentado em um carrinho de compras. Longe da civilização. Era o pico do inverno e ele não usava nada além de uma camiseta velha e calças de moletom alguns números acima do dele" (Castle)
Tem algumas cenas de ação e algumas bem... picantes, bem dizendo. Esse livro acabou ficando bem mais elaborado para mim, pois os personagens se intercalaram entre si e é uma descoberta a cada página.
Nem deu para notar que eu torço abertamente pro Warner, não é?
Fracture me e Ignite me, aqui vou eu!
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