Estrelando: Geoffrey Rush, Emily Watson e Sophie Nélisse
Nota: 9/10
Falar de adaptações sempre é um pouco complicado: nunca fica como se espera. Principalmente quando se vem de um livro que você se apaixonou. "A menina que roubava livros" do Markus Zusak foi um dos primeiros livros que eu li na vida (e um dos meus favoritos), é de uma narrativa belíssima e de encantar. Claro que, aos 10 anos você não entende totalmente o livro, mas quando você lê novamente uns anos mais tarde, você percebe o quão bom é.
A história se passa na Alemanha um pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial, partindo de um narrador um tanto quanto curioso que nos apresenta a Liesel Memimger, uma garota alemã que acaba indo morar com os Hubermann. Liesel acaba se tornando curiosa com a leitura após o velório de seu irmão, onde ela furta seu primeiro livro e a partir daí sua história de furtos literários começa.
É uma lição de vida e aprendizagem, ela partilha muitas experiências com os Hubermann, seu amigo judeu Max e seu amigo apaixonado Rudy. É de muitas idas e vindas, afinal, nunca se está seguro em uma zona de Guerra, mas Liesel consegue tirar algum proveito de sua vida "normal".
Quando eu li o livro eu imaginei todo o filme na minha cabeça, por isso, tive receio ao ver o filme: de estragar o filme que eu já havia imaginado. Contudo, quando eu vi o filme algumas coisas me vieram a mente.
O livro tem umas quinhentas páginas, ou seja, não seria possível passar todo o livro para um filme de mais ou menos cento e vinte minutos. É muita história, muitas entrelinhas que só quem leu o livro vai entender. E a maior graça do livro está no narrador, afinal, quando a Morte conta uma história você deve parar para ler.
Em geral, o filme contou bem as partes principais do livro e sim continua tão triste como o próprio. A cena é comovente em ambos e com certeza merece ser vista (ou relida) mais de uma vez.
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